Questões de
Língua Portuguesa
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Exemplo 1
Assunto: Leitura e produção de texto > Gêneros artísticos e midiáticos > Charge
Tipo de questão: Objetiva (múltipla escolha)
Grau de dificuldade: Médio
Habilidade da BNCC: EF69LP01 - Diferenciar liberdade de expressão de discursos de ódio, posicionando-se contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando possibilidades de denúncia quando for o caso.
Questão

Disponível em: https://bobbikercartoon.wordpress.com/2011/05/22/charge-liberdade-de-expressao/. Acesso em: 18 jul. 2021.
A liberdade de expressão é um direito de todos, mas que nem sempre pode ser colocado em prática. A charge apresentada faz uma crítica a esse respeito, mostrando que:
a) todos os indivíduos têm dificuldade de lidar com opiniões diferentes das suas.
b) todas as pessoas deveriam pensar do mesmo modo para termos um mundo sem violência.
c) a opinião do outro, para muitas pessoas, só é considerada quando é igual à sua.
d) é aceitável que as pessoas tratem mal aqueles que pensam diferente delas.
e) todos nós somos diferentes e, por isso, é normal que não aceitemos as formas de pensar dos outros.
Gabarito
- Alternativa correta: letra C. A charge mostra uma pessoa sendo agredida por outra por pensar diferente dela. E o agressor aparece dizendo que o outro só teria liberdade de expressão se pensasse como ele.
- Alternativa A: incorreta. Não podemos generalizar, dizendo que todos os indivíduos têm dificuldade de lidar com opiniões diferentes das suas.
- Alternativa B: incorreta. A charge não defende que todos devamos pensar do mesmo modo; ela apresenta uma crítica à essa ideia, à medida que apresenta alguém sendo agredido por não ter o direito de expressar um pensamento diferente.
- Alternativa D: incorreta. A charge não é favorável à violência; na verdade, ela usa a crítica – característica bastante presente em charges – para apresentar uma situação que ocorre, mas que não deveria existir. Não é aceitável que alguém seja agredido por pensar diferente.
- Alternativa E: incorreta. A charge não apresenta meios para mostrar que todos nós somos diferentes e, muito menos, procura justificar a violência pela diversidade de pensamentos.
Exemplo 2
Assunto: Análise linguística/semiótica > Sintaxe > Período composto > Orações subordinadas adjetivas restritivas
Tipo de questão: Objetiva (múltipla escolha)
Grau de dificuldade: Médio
Habilidade da BNCC: EF09LP09 - Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas restritivas e explicativas em um período composto.
Questão
RACISMO É BURRICE
Salve, meus irmãos africanos
E lusitanos, do outro lado do oceano
O Atlântico é pequeno pra nos separar
Porque o sangue é mais forte que a água do mar
Racismo, preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá
Para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
(...)
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente
Esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A elite que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
(...)
Na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça, está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice! (...)
PENSADOR, Gabriel. Disponível em: https://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/racismo-e-burrice-nova-versao-de-lavagem-cerebral.html. Acesso em: 14 out. 2020.
Em “A elite que devia dar um bom exemplo”, no 19º verso, o autor da música fez uso de uma frase caracterizada gramaticalmente como uma oração subordinada, para sustentar seu posicionamento acerca do assunto abordado, o racismo.
Analisando o trecho sublinhado no verso, pode-se concluir que nele há uma:
a) Oração subordinada adverbial temporal.
b) Oração subordinada adverbial condicional.
c) Oração subordinada adverbial causal.
d) Oração subordinada adjetiva explicativa.
e) Oração subordinada adjetiva restritiva.
Gabarito
- Alternativa correta: letra E. A oração “que devia dar um bom exemplo” é subordinada adjetiva restritiva, pois a mesma apresenta pronome relativo - que, referente ao antecedente (elite), restringindo a ideia expressa, sem apresentar vírgula(s).
- Alternativa A: incorreta. Não há oração subordinada adverbial temporal, pois não exprime circunstância de tempo.
- Alternativa B: incorreta. Não há oração subordinada adverbial condicional, pois não expressa uma circunstância de condição (real ou hipotética) em relação ao predicado da oração principal.
- Alternativa C: incorreta. Não há oração subordinada adverbial causal, pois não apresenta a causa do acontecimento da oração principal.
- Alternativa D: incorreta. Não há oração subordinada adjetiva explicativa, pois não acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente, vindo separada da oração principal por vírgula(s).
Exemplo 3
Assunto: Análise linguística/semiótica > Morfossintaxe > Classe de palavras > Substantivo
Tipo de questão: Discursiva
Grau de dificuldade: Fácil
Habilidade da BNCC: EF06LP04 - Analisar a função e as flexões de substantivos e adjetivos e de verbos nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e negativo.
Questão
Dom Casmurro
Capítulo I: Do Título
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.
– Continue, disse eu acordando.
– Já acabei, murmurou ele.
– São muito bonitos.
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado.
No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou.
Nem por isso me zanguei. Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” – “Vou para Petrópolis, Dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” – “Meu caro Dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.”
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até o fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Ministério da Cultura, Fundação Biblioteca Nacional - Departamento Nacional do Livro. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000069.pdf. Acesso em: 04 jun. 2021.
Após a leitura do capítulo inicial da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis, responda: qual é a classificação do substantivo “Casmurro” nesse contexto?
Gabarito
- Nesse contexto, o substantivo “Casmurro” aparece como apelido/nome do protagonista da história, sendo, portanto, substantivo próprio.
- Em outros contextos, em que não fosse nome de um personagem, “casmurro” poderia figurar como substantivo comum, sinônimo de “teimoso”.