Rumo a uma comunidade de bons aprendizes

A maneira como nós professores avaliamos os estudantes molda o processo de aprendizado e toda a experiência de ensino. Avaliar não precisa ser um exercício reducionista de se conseguir notas, conceitos e aprovações ou reprovações. Ao contrário, as avaliações podem – e devem – tornar os nossos alunos melhores aprendizes. Uma das finalidades positivas de uma boa avaliação é desenvolver nos estudantes uma boa capacidade de autoavaliação. Assim, eles amadurecem no aprendizado e não apenas provam o que aprenderam num teste, mas aprendem durante todas as etapas do teste. Por isso, o Lecionas listou a seguir seis objetivos de testes e provas que devemos constantemente lembrar ao idealizá-los e prepará-los.

As avaliações que aplicamos podem:

  1. Ajudar os alunos a escaparem da dependência de avaliações externas e aprovações e, então, eles serão ensinados e motivados a, através delas, monitorarem seu próprio aprendizado e a fazerem ajustes durante a jornada;
  2. Fazer com que estudantes ao longo do tempo aprendam como estabelecer referências próprias e realistas de resultado e interpretem em seguida as suas reações e comportamento diante deles;
  3. Auxiliar alunos a verem padrões e normas diferentes dos seus próprios e a prezarem pelas expectativas teóricas, conceituais e comportamentais vindas da comunidade de conhecimento da qual eles aspiram fazer parte;
  4. Dar aos estudantes novas perspectivas sobre eles mesmos, de maneira que eles possam julgar melhor suas próprias decisões e comportamentos no contexto da comunidade de ensino e aprendizado;
  5. Colaborar para que os alunos estejam sempre mais abertos a receberem comentários, mesmo quando esse retorno for doloroso de se enfrentar. E mais, é possível guiá-los para que usem essas explicações críticas para promover o aprendizado deles e fazê-los tomar decisões positivas;
  6. Instruir os estudantes a também se sentirem mais confortáveis e confiantes ao darem retorno ou ao comentarem a performance de outros de maneira útil e bem intencionada.

Nós professores temos o poder de fazer da avaliação um momento instrutivo, não destrutivo. Bons alunos realmente querem saber como estão se saindo no aprendizado. Tudo o que precisamos é nos importar com isso o bastante para sermos profundos e compreensivos, discernindo como e quando conceber e aplicar nossas avaliações. Boas provas!